O franzino e a "marombeira"

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Alguns relacionamentos estão mesmo fadados ao fracasso,é o caso de Zeca e Roberta.

Os amigos da balada diziam:
- "Zeca, não se case com esta mulher. Você está ficando louco rapaz?"
Mas não adiantou, Zeca estava perdido de amores por aquela mulher que mais parecia um guarda-roupa de seis portas abertas. Roberta era seu nome. Rosto bonito, fala macia; se iniciou na "maromba" quando os médicos diagnosticaram um mal de distrofia muscular.
O casamento foi cômico, não dava pra aceitar aquela coisa toda dentro de um vestido de noiva. E o Zeca lá no altar, franzino, de terno preto com uma gravata vermelha tomando quase toda a extensão de seu pescoço. Naquela noite ela carregou Zeca para dentro do quarto.
Os problemas não demoraram a aparecer, Zeca boêmio, conhecido pé-de-cana, levou o primeiro sopapo semanas depois quando chegou em casa bêbado e quis alguns carinhos extras. Roberta não deixou por menos e colocou o pobre bebum pra dormir a baixo de tapas.

Zeca, quando acordou, sentiu-se como que um elefante tivesse sentado na sua cabeça. E ali ao seu lado Roberta solícita, com um copo dágua e comprimidos pra ressaca.


Aquilo começou a tornar-se rotina: Zeca ia do serviço para o boteco, "biritava" todas, ia pra casa e nem bem abria a porta e a "porrada comia". As desculpas para os olhos roxos e mandíbulas cortadas eram sempre as mesmas.
- "Pois é, caí".

Zeca caía quase todo dia e nas mais diferentes posições. Até que não agüentando mais, já cheio de vergonha dos amigos, decidiu procurar o psicólogo da empresa.
- "Dr. todos os homens mandam em suas mulheres ou pelo menos tem o respeito e eu não consigo isso!"

O psicólogo balança a cabeça como que mostrando entender a situação e diz:
- "É simples, tente conversar, o diálogo sempre enobrece uma relação. Muitos casamentos que estavam à beira da falência se tornaram parcerias vencedoras após um diálogo".

Zeca se levanta, dando as costas momentaneamente ao psicólogo e se vira rapidamente com as mãos balançando em forma de prece:
- "Não adianta, é só eu abrir a boca e ela já me senta a mão".

O psicólogo tira os óculos, põe sobre a mesa, pensa um pouco com o olhar perdido no nada da sala e responde:
- "Bem meu amigo, violência nunca leva a nada, mas já que é assim, você já experimentou bater também?"

Zeca dá um sorriso sofrido e sarcástico rindo da própria desgraça:
- "Eu já tentei, mas ela é maior que eu. Vou explicar: é que..." - O falso sorriso some e Zeca chora compulsivamente misturando as palavras às lágrimas, naquele estágio de homem quando resolve chorar.
- ".... eu não consigo....é vergonhoso..."

O psicólogo prontamente oferece um copo de água a Zeca.
- "Calma amigo, calma".

Zeca se recompõe.
- "Desculpe, é que faz tempo venho guardando isso aqui dentro." - Diz batendo no peito.
- "Eu entendo como é isso, e acredito que a melhor saída no seu caso seja a separação".

Zeca põe a mão no queixo, pensativo, passa as costas das mãos nos olhos ainda molhados de lágrimas e volta ao estágio do choro.
- "...mas eu não consigo... eu a amo com todas..." soluços "... as minhas for...." mais soluços "...ças..."
- 'Tá tá bom." - Diz o psicólogo já com uma certa impaciência.
- "Use de estratégia então."


- Como assim." - Zeca interessado.
- "Bem faça o seguinte, quando ela começar a te bater, grite, grite muito: Toma, toma toma.... Assim os vizinhos pensarão que você é o macho da casa e irão chamar a polícia. E daí ela irá parar de bater. Que tal?"

- "Boa idéia!!!" - Diz Zeca já se levantando e com um pequeno sorriso de quem está próximo a recuperar a dignidade.
- "Obrigado Dr, O Sr. salvou o meu casamento."

Zeca sai dali e vai direto para um boteco, toma um porre e chega em casa, de propósito, tarde da noite. Roberta agarra-o pelo colarinho e inicia a surra de todos os dias. Ele grita:
- "Toma sua vaca, a partir de hoje quem manda nesta casa sou euuu!!!".

E dá-lhe porrada de Roberta.
- "Toma demônio, isto é pra aprender a me respeitar..."

Roberta chacoalha Zeca como se fosse um boneco. Ouve-se a sirene da polícia ao longe e Zeca num esforço incontido grita:
- "Eu vou pra cadeia mocréia do diabo, mas antes vou jogar as suas "bombas" todas na privada..."

Roberta, possuída pela ira, atira Zeca do 20º andar, que ao passar pelo décimo andar ainda grita:
- "Vou me embora deste inferno e nunca mais me procure sua mundanaaaaa.!!!"

Todos os vizinhos corroboraram à polícia a história de Roberta, que continua a ganhar mais e mais músculos na academia. Já Zeca, dizem que continua tomando todas e que está enrabichado por uma diabinha musculosa.


1 comentário

Anônimo disse...

Afff Tadinho do Zeca ai coitado
pelo jeito ele é xegado a musculos rsrsrsrrs

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